Airton Ortiz – Histórias de bagagem, experiências e vida

“Somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos.”

Desde o início dos tempos, o homem é, notadamente, um ser que aprecia contar histórias. Assim, reunia-se em torno da fogueira para compartilhar os saberes, as descobertas, as aventuras, enfim, tudo o que via e sentia a respeito de seu contato com o mundo. Nessas nações antigas, o chamado contador de história sempre foi reverenciado e reconhecido como aquele que usava suas experiências para transmitir ensinamentos e sabedoria.

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Essa aptidão natural ao homem vem ultrapassando as épocas, adaptando-se e, ainda que diante de inúmeros avanços tecnológicos, desde a escrita, até as possibilidades da cultura midiática, continua dando ao contador de histórias a missão de compartilhar sua vivência no mundo, principalmente quando esta experiência diz respeito a lugares que nunca havia estado antes.

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Quem não gosta de viajar, conhecer novos lugares, os mais diferentes possíveis, e retornar para casa cheio de histórias, experiências e conhecimento, ansioso em dividi-las? Há várias maneiras de registrar uma experiência fora do “habitat” natural do indivíduo. Uns fotografam, outros eternizam os momentos em vídeo; há os que reúnem o que gostam para apenas contar as histórias e aventuras; e alguns que escrevem, como é o caso do jornalista Airton Ortiz, gaúcho da cidade de Rio Pardo, que no ano de 1999 resolveu unir sua profissão ao hobby de escalar montanhas, para narrar em um primeiro livro sua expedição ao cume do monte Kilimanjaro, na África.

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“Escrevi a história em forma de uma longa reportagem, acrescentando minhas experiências pessoais. Enviei para a Editora Record e eles me propuseram criar uma coleção, que chamaríamos de Viagens Radicais. Eu deveria fazer uma expedição por ano e escrever um livro narrando a aventura”, explicou Ortiz.

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Desde então, já passa de 80 o número de países visitados por Ortiz, e 15 são as obras que o jornalista publicou contando suas aventuras pelo mundo. “Escrevi dez livros na coleção “Viagens Radicais”, que narram grandes travessias; dois romances, tendo a viagem como referência; e três livros de crônicas, cujo assunto é as grandes cidades”, enumerou o autor.

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Em uma de suas obras, o romance intitulado “Gringo”, o autor narra as aventuras de um brasileiro em uma longa viagem pela América do Sul. Um dos objetivos desse livro, segundo o escritor, é mudar o sentido pejorativo que a palavra gringo tem no Brasil. “No mundo todo, gringo é sinônimo de forasteiro, um outsider, alguém que sai de casa para aprender com a experiência dos outros. Por isso o personagem, um jovem caseiro, ao evoluir durante sua viagem, acaba se transformando num gringo”, explicou Ortiz.

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O que mais chama a atenção nesta obra é o fato de o trajeto percorrido pelo personagem criado por Ortiz tê-lo fascinado tanto, que o autor decidiu realizá-lo na prática. “Peguei a mochila e fui refazer, na vida real, e eu acho que ficou bom; ou, pelo menos, os leitores gostaram”.

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Segundo o jornalista e escritor, o ser humano constrói sua existência com base em experiências vividas, num conjunto de situações, conhecimento e contato com o outro. “A frase com que abro o livro, ‘somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos’, define bem que não devemos abrir mão de nenhuma dessas oportunidades, em especial das viagens, pois ninguém volta o mesmo depois de uma viagem”, recomendou Ortiz.

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Recentemente, o escritor foi escolhido para ser o patrono da 60ª Feira do Livro de Porto Alegre, evento no qual lançou sua 16ª obra, “Paris”. O livro é composto por 45 crônicas criadas a partir do contato que Ortiz manteve com a capital francesa, onde morou por uma temporada. “Paris” foi publicado pela Editora Benvirá (selo de literatura do grupo Saraiva) e já está à disposição do leitor nas principais livrarias do País.

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“Viajo para ser surpreendido. Busco nos outros lugares aquilo que só exista lá, não exista onde vivo. Esse é o motivo de qualquer viagem. Então, tudo que for diferente do que tenho em casa me encanta, as pessoas em especial. Porque no mundo nada faz sentido se não for percebido por um olhar humano”, finalizou Airton Ortiz.

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* Texto publicado a Revista RDC Férias&Lazer Ed. 49